Por: Antônio Braga
A verdade é que todo empresário quer ter lucro e crescer, que é o objetivo de qualquer empresa. Mas, na prática, muitos vivem enxugando gelo enquanto a empresa está com as portas abertas. O apurado do dia é apenas para pagar as contas e algumas empresas ainda têm de recorrer a bancos para completar os pagamentos.
Apesar de o Brasil ser um país altamente empreendedor, geralmente as micro e pequenas empresas são abertas sem nenhum planejamento. Algumas até dão certo, na base da tentativa e do erro, mas a maioria morre precocemente. É comum abrir-se uma empresa desconhecendo-se uma série de fatores fundamentais, tais como: mercado, produto, público-alvo, concorrentes, fornecedores, capital necessário, despesas que ocorrerão, preço a ser praticado, faturamento para manter a empresa lucrativa, estrutura física e de pessoal, impostos etc.
As respostas para tudo isso está em um Plano de Negócio, o qual é negligenciado pela falta de costume das pessoas quanto a planejamento. Aí a empresa é aberta com base na emoção e pressa para se colocar as ideias em prática, que nem sempre se transformam em oportunidades de negócios, mas em verdadeiros pesadelos.
Visito empresas constantemente e o que mais observo é faturamento igual ou abaixo das despesas, falta de capital de giro e pouca variedade/estoque de produtos. Isso acontece porque o destino de uma empresa sem lucro é a falta de dinheiro para repor os estoques e as vendas entrarem em queda livre.
Dois fatores afetam consideravelmente o capital de giro de uma empresa:
1) Retirada de dinheiro do caixa da empresa para aumentar o patrimônio dos sócios.
2) Operar com preços baixos para vencer a concorrência.
Com relação a preços, é fundamental que alguns aspectos sejam observados por ocasião da sua formação:
>> Custos: Os preços devem cobrir todos os custos e deixar lucro. Empresa nenhuma tem vida longa sem lucro.
>> Concorrência: É importante observar os preços da concorrência para não ficar fora do mercado. Entretanto, não compensa acompanhá-los apenas para ser competitivo, sem lucro, o que comprometerá a saúde financeira da empresa.
>> Demanda: Quanto maior a demanda, a tendência é que os preços sejam mais altos, mas é bom lembrar que há limites, pois os clientes estão bem informados e sabem que hoje existe muita similaridade na qualidade e preços dos produtos.
>> Valor: A melhor estratégia é agregar valor aos produtos com atendimento e serviços diferenciados. O cliente é capaz de pagar mais, desde que perceba as vantagens e benefícios dos produtos, justificando os preços cobrados.
Recife, 19 de setembro de 2012
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